Exercícios físicos promovem desenvolvimento motor, emocional e social em pessoas com TEA, e guia do Ministério do Esporte orienta profissionais na criação de práticas mais inclusivas
A atividade física é uma aliada essencial para o bem-estar de todas as pessoas e isso não é diferente para pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Estudos científicos e experiências clínicas demonstram que o movimento corporal vai além dos benefícios físicos: ele desempenha um papel importante no desenvolvimento neurológico, emocional e social de pessoas autistas. A prática regular de exercícios pode melhorar a coordenação motora, ajudar no controle da ansiedade, no controle do peso, aumentar o foco e favorecer a socialização, aspectos que, muitas vezes, representam desafios no cotidiano de quem vive com o espectro.
Na infância, as atividades físicas contribuem para o aprendizado de regras, o desenvolvimento da comunicação e a adaptação a diferentes estímulos sensoriais de forma gradual e segura. Para adolescentes e adultos, os benefícios incluem o fortalecimento da autoestima, a construção de autonomia e a ampliação das possibilidades de inclusão em contextos sociais e esportivos.
Segundo Daniela Botelho, presidente da Associação Fortaleza Azul (Faz), a escolha do exercício deve sempre respeitar as características individuais de cada pessoa. “É fundamental considerar os interesses e necessidades específicas. Dessa forma, a atividade física deixa de ser apenas um complemento e passa a ser parte integrante de uma rotina mais saudável, divertida e inclusiva”.
Reconhecendo essa importância, o Ministério do Esporte lançou neste ano o Guia de Atividade Física para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma publicação gratuita voltada à capacitação de profissionais de educação física. Elaborado pela Secretaria Nacional de Paradesporto (SNPAR), em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o documento oferece diretrizes para avaliar, planejar e supervisionar programas de atividade física voltados a pessoas com TEA, com ênfase na prática esportiva e na promoção de saúde.
Com uma linguagem acessível e aplicável a diferentes realidades do país, a publicação oferece instrumentos práticos que visam apoiar uma intervenção profissional qualificada e eficaz, contribuindo para a melhoria do comportamento adaptativo e da qualidade de vida das pessoas com autismo. O material pode ser baixado gratuitamente no site https://www.gov.br/esporte/pt-br/noticias-e-conteudos/esporte/ministerio-do-esporte-abre-consulta-publica-sobre-guia-de-atividade-fisica-para-pessoas-com-tea/copy_of_Guia_AF_TEA_versao_consulta_publica.pdf.
Sobre a Associação Fortaleza Azul
A Associação Fortaleza Azul (Faz), instituição sem fins lucrativos, realiza um trabalho de acolhimento e inclusão junto às pessoas autistas e suas famílias, em parceria com profissionais da saúde, entidades governamentais e empresas. Além disso, a Faz realiza um o atendimento multidisciplinar e busca realizar ações que levem informações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) para a população geral, como uma forma de conscientizar e diminuir os estigmas sobre os indivíduos que possuem a condição.
Entre as iniciativas estão projetos como a realização de palestras e capacitações que abordam a importância da inclusão de autistas na sociedade, por exemplo. A Associação também disponibiliza atendimento jurídico gratuito para associados ou não a Faz, que precisem de orientações nas áreas de educação e saúde, mais um passo na busca da efetivação dos direitos dos autistas. Esse atendimento é fruto de uma parceria com a Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) e acontece de forma presencial e agendada, por meio do contato: (85) 98186.4552.
A Faz está localizada na Rua Elizeu Oriá, 970 Sapiranga, Fortaleza – Ceará. Para os interessados em falar com a instituição, os contatos são: (85) 98186-4552 ou associacaofortalezaazul@gmail.com. Conheça mais também acessando as redes sociais:
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